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segunda-feira, 5 de março de 2012

Bahia: Polícia Cidadã, Companhia Independente de Polícia Militar, Ronda no Bairro, Território de Paz ou Base Comunitária de Segurança?

No ano de 2009, dos 417 municípios baianos, 31 apresentaram altas taxas de criminalidade e violência. Em Salvador, mormente nos bairros de Tancredo Neves, Periperi, Itapuã, Liberdade, Nordeste de Amaralina, dentre outros, a situação era insuportável ensejando medidas urgentes para minorar a situação. No interior, além de dezenas de outros, o município de Feira de Santana clamava por medidas que fizessem a segurança pública encontrar o seu caminho, sobretudo na a área de responsabilidade da 65ª CIPM – Sobradinho.
Para fazer frente à questão levantada, seguindo orientação governamental, a Bahia copiou e adaptou o Programa Ronda no Bairro, implantado no Estado do Ceará, objetivando fortalecer a filosofia de polícia comunitária, com estratégias de maior aproximação com a comunidade. Assim, em cada setor (espaço físico definido para fins de policiamento ostensivo) um grupo de policiais militares, atuaria no radiopatrulhamento, contando com uma viatura quatro rodas (caminhonete), e outra de duas rodas (motocicleta), ambas equipadas com ferramentas tecnológicas adequadas ao serviço.
Para o lançamento do Programa várias CIPM cederam recursos humanos e materiais para suprir a nova demanda e, em conseqüência, desfalcaram suas malhas protetoras de policiamento. A falta dos meios necessários à implantação e efetivação do programa frustrou a expectativa de todos e não diminuiu as taxas de CVLI (Crimes violentos letais e intencionais) e CVP(crimes violentos contra o patrimônio), as quais continuam avançando assustadoramente ensejando políticas públicas mais consistentes e arrojadas.
O não estabelecimento uma estratégia inovadora para o policiamento ostensivo , aliado aos escalonamentos de emprego de tropa dos tipos simples, composto e complexo, dificulta a integração entre a polícia e a comunidade, reduz a taxa de impacto visual do policiamento e, conseqüentemente, não amplia a sensação de segurança, abalando o grau de credibilidade na polícia por não atingir a excelência almejada nos serviços prestados.
Na verdade, o programa vem perdendo seu rumo com a adoção de outro conceito de policiamento, agora, copiando e adaptando do Rio de Janeiro - Unidade de Polícia Pacificadora – aqui denominado Base Comunitária de Segurança.
Assim, pergunta-se: Qual será a nova formula a ser copiada?

Um comentário:

  1. O Governo do nosso Estado vem errando em todos os aspectos, erra nessas cópias de projetos que tem implantado apenas para "inglês ver" fazendo grandes lançamentos políticos dos projetos ao que parece sem muita preocupação com sua eficácia e eficiência. Se o governo tivesse realmente a intenção de melhorar a segurança no nosso violento Estado deveria começar a pensar em que está na linha de frente da segurança, seus policiais, sobretudo os praças. Pois todo bom gestor sabe que para sua organização ter sucesso ela deve ter seus colaboradores motivados.
    Mais o que é motivação? Motivação é um termo que vem sendo empregado, geralmente, para designar os impulsos ou motivos que levam o ser humano a agir e vem sendo
    muito estudado por diversas correntes teóricas, principalmente pela psicologia.
    Para os behavioristas, que estudam o comportamento como sendo condicionado a estímulos, o homem ou mesmo um animal só emite algum comportamento se ele for recompensado (motivado) por alguma coisa ou alguém. Sem essa motivação ou estímulo, ele não emite comportamento nenhum, pois "o que motiva o comportamento são as conseqüências dos efeitos produzidos pelo comportamento passado do indivíduo, ou seja, a
    recompensa ou punição recebida” (Aguiar)
    Para Freud aborda a motivação relacionando-a com os instintos, que segundo a sua teoria, são as fontes de energia que move o homem.
    Maslow foi um outro teórico que muito contribuiu no estudo da motivação humana.
    A idéia central da teoria de Maslow é a existência de uma hierarquia das necessidades humanas, sendo que, apenas quando as necessidades inferiores forem satisfeitas, pelo menos em parte, é que surgirão as necessidades superiores.
    As necessidades são: Fisiológicas, Segurança , Sociais, Estima e Auto- Realização.
    Ora veja, será que os Praças da PM baiana tem alguma das necessidades citadas por Maslow atendidas?
    Enquanto um praça não ganhar um salário digno não há que se falar em segurança pública de qualidade... o resto é balela...
    Marcelo Miranda
    Graduado em Administração de Empresas
    Graduando em Direito

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