Páginas

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ex Cmt Geral da PMRJ:"Eu tinha de pedir para sair. O fracasso é meu"


As Vezes temos que desistir de uma batalha para vencer uma guerra. A dignidade não tem preço. O Cel PM Mario Sergio, foi um verdadeiro Comandante.



O ex-comandante geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro fala do quarto do hospital a ÉPOCA

RUTH DE AQUINO
Examinado por dois médicos, convalescendo de uma cirurgia de próstata no quarto do Hospital Central da PM, ainda em dores, mas feliz porque a biópsia acabara de dar resultado negativo, o coronel Mário Sérgio Duarte, 53 anos, conversou com Ruth de Aquino, de ÉPOCA, sobre os motivos que o levaram a deixar o comando-geral da PM na noite de quarta-feira (28), e falou também sobre os desafios enfrentados nas Unidades de Polícia Pacificadora (as UPPs) e na Segurança nos últimos meses.
“Estou triste por interromper um trabalho na primeira Secretaria de Segurança do Estado do Rio que aposta na vida e não gratifica a morte. Mas feliz por ter feito o que me cabia. Todo servidor precisa ter responsabilidade. Se os louros do sucesso podem ser divididos, os fracassos são do gestor e fui eu quem tirou o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira da área administrativa e apostou nele para comandar o 7º Batalhão de São Gonçalo.”
Cláudio Luiz é acusado de ser o mentor do assassinato da juíza Patrícia Acioli, no dia 11 de agosto.
Ex-comandante do Bope, Mário Sérgio – que estava no comando geral da PM desde 8 de julho de 2009 – disse que agora vai concluir o curso superior de Filosofia e cuidar de seus seis filhos, entre eles “um casalzinho de gêmeos de oito meses”, do segundo casamento, “um presente de Deus”.
Mário Sérgio Duarte, ex comandante-geral exonerado da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo)
ÉPOCA – Sua saída do comando geral da PM era absolutamente necessária?Mário Sérgio Duarte – Sim, com certeza. Era um imperativo categórico moral. Sabe por quê? Porque a escolha do coronel Cláudio, que eu tirei de um cargo administrativo no Hospital de Niterói para colocar no comando do Batalhão de São Gonçalo, foi responsabilidade minha. Fui eu que o tirei da área interna para a área operacional em outubro do ano passado. Era a minha terceira tentativa de reduzir os índices de violência da região, que só aumentavam. O batalhão comandado por ele reduziu tanto o índice de homicídios e roubos que, por ironia do destino, foi um dos batalhões premiados pelo governo do Estado com bônus, em cerimônia há cerca de duas semanas.
ÉPOCA – O senhor acha que o gestor direto de um suspeito de assassinato deveria seguir sempre seu exemplo?
Duarte –  Eu não quero ser exemplo de nada nem quero bancar o modelo máximo da moralidade. Mas, se o coronel Cláudio é acusado de um crime bárbaro, de mandar matar uma pessoa sem nenhuma possibilidade de se defender, aí a minha responsabilidade é a primeira a ser apresentada. Todos podemos dividir os louros dos acertos. Mas os erros são de quem comanda. O brasileiro está meio cansado de a responsabilidade ser sempre jogada no outro, em quem está abaixo. Quem está em cima nunca sabe de nada, não viu, desconhece tudo. Quem tem poder de decisão não pode se omitir. No meu cargo, eu escolhia os comandantes. Os fracassos são do gestor.
ÉPOCA – Sua exoneração não expõe ainda mais a falta de confiança na PM como corporação?
Duarte – Acho que é o inverso. Por mais que as polícias sejam criticadas, é justamente na polícia onde os responsáveis perdem as funções, são expulsos. Se você fizer um inventário em todos os Poderes, verá que nos outros há crimes, fatos vergonhosos, violações de protocolos, e quem está na chefia dificilmente é responsabilizado. Na PM, a gente expulsa, a gente tira do comando, pede para sair da função. Mas eu espero sinceramente só ser modelo para os meus seis filhos. Que sempre me ouviram dizer: ‘A semeadura é livre mas a colheita é obrigatória’. Não posso permitir que alguém duvide da política de segurança pública do Rio. Porque até hoje nunca tivemos no Estado do Rio uma política tão clara, de desconstrução do ódio, uma política que não valoriza a morte. Antigamente, oficiais trabalhavam num ambiente cultural que dizia ‘mate que vou te dar uma premiação, mate que você terá uma gratificação faroeste’. O derramamento de sangue era um valor. Eu vou aos batalhões, aliás, eu ia aos batalhões, para pedir: valorizem a vida porque quero que vocês voltem para casa e suas famílias.
ÉPOCA – Se o senhor não pedisse, acha que seria exonerado?
Duarte –  Se eu não saísse, haveria uma dúvida sobre a lisura de nossos propósitos. Eu não poderia deixar dúvida sobre a competência da cúpula da Segurança.
ÉPOCA – O senhor era amigo pessoal do tenente-coronel Cláudio Luiz?
Duarte – Eu o conheço há 20 anos, fizemos o mesmo curso de operações especiais, e trabalhamos juntos no Bope. Não conheço os filhos dele, a esposa, não saíamos juntos. Essas são as relações internas de oficiais superiores, todo mundo se conhece. Também escolhi outros homens que tive de mudar ao longo do percurso, porque não cumpriram suas metas, ou porque deixaram dúvidas sobre suas intenções, ou porque gostavam de se exibir, fui tirando aqui e acolá.
ÉPOCA – Não foi arriscado nomear o coronel Cláudio para o Batalhão de São Gonçalo, se ele já tinha um problema com a juíza Patrícia Acioli?
Duarte – Eu não sabia disso quando eu o coloquei ali. Os dois tinham tido um problema no Maracanã há 20 anos. Ele prendeu a então defensora pública, e a teria levado à delegacia, ela entrou com um processo contra ele. Mas sou de opinião que coisas do passado devem ser resolvidas na concórdia, na conciliação. Vários oficiais premiados no passado por uma política errada das lideranças foram chamados para uma nova construção e um novo momento. Vou te dar um exemplo: hoje temos na Colômbia um processo que envolve a entrega das armas pelas forças que se viram envolvidas em confronto, por ideologia ou apenas crime. Quem se desmobiliza, se entrega, devolve suas armas, paga uma parcela de seus erros em troca da inserção social. O mesmo se pode dizer de traficantes. Se eu sou favorável à criação de uma legislação, uma iniciativa capitaneada pelo poder público, para reintegrar traficantes arrependidos à sociedade, por que não fazer o mesmo com a corporação, em vez de tratar um oficial que já cometeu abusos como um leproso institucional? Se a política do confronto pelo confronto empurrou tanta gente para seus estereótipos, é hora de atrair quem quer trabalhar para o bem comum. Claro, temos que ser prudentes como as serpentes e, se errarmos, temos de pedir para sair.
ÉPOCA – Dias depois do assassinato da juíza, o tenente-coronel Cláudio Luiz foi transferido para outro batalhão. Por quê? Não pesava nenhuma suspeita contra ele?
Duarte – No passado do coronel Cláudio, há processos nos quais ele foi absolvido. Na morte da juíza, ninguém suspeitava dele, até porque seu desempenho no comando do batalhão era considerado bom. O que eu fiz após a morte da juíza foi cumprir uma ação de rotina, mexi em 22 batalhões, é algo previsto a cada nove meses. Eu soube pela televisão da acusação a ele esta semana. Mandei imediatamente localizá-lo e conduzi-lo preso pelo batalhão de choque, mas ele mesmo se apresentou. Não temos sido nada condescendentes com desvios de conduta muito menores, quanto mais homicídio. Se eu ficasse no comando, a gente ia expulsar mais de 250 só neste ano de 2011.
ÉPOCA – O senhor acha que o tenente-coronel Cláudio Luiz é inocente, como alega?
Duarte –  A posição do líder não pode ser a posição do advogado. O comandante não pode ficar assumindo posição de advogado de defesa ou promotor. Nós temos de facilitar as investigações. O meu papel não é fazer julgamento, análise ou defesa. E, se está sendo preso, é porque existem provas contra ele. Mas, mesmo que não se comprove na Justiça sua culpa no homicídio, vou estar tranquilo com a minha consciência. Perdi minha função e o único prejudicado com isso fui eu. O que eu não posso é levar prejuízo para a população ou para a Secretaria de Segurança ou para o capitão da nau, Mariano Beltrame.
ÉPOCA – Como o senhor se sente neste momento?
Duarte – Primeiro eu estou me sentindo como quem fez aquilo que lhe cabia ao pedir exoneração. Se a gente quer construir um serviço público melhor, um país melhor, a palavra que não pode nos abandonar, seja o servidor de que nível for, de que poder for, é responsabilidade. Eu me sinto feliz por ter participado de um processo que inaugurou uma nova filosofia na segurança, por ter se dado conta da gravidade da violência no Rio. Antigos governantes se dividiam em dois grupos. Ou eram os que atribuíam toda a violência a questões sociais, e aí citavam Marx e as lutas de classe para dizer que o bandido não passava de uma vítima da exploração capitalista. Esse grupo queria que tivéssemos uma segurança pública nos moldes de Londres. Ou eram os governantes que achavam que com o fuzil na mão e a disposição de luta, na base da guerra e da morte, matariam os bandidos e resolveriam a segurança. Nem lá nem cá. Conflito não se resolve assim.
ÉPOCA – A Segurança do Rio tem encarado recentemente alguns desafios sérios. Grupos de extermínio na PM, corrupção entre policiais pacificadores das UPPs, recém-formados, e a execução de uma juíza no estilo das máfias. O senhor acredita que possa ser uma ação organizada para desestabilizar o secretário Beltrame e o Estado?
Duarte – Nós sempre trabalhamos com a hipótese de que a UPP é um processo que vai ganhar consolidação com o tempo. O primeiro benefício está claro: a redução da letalidade, a libertação da população do jugo das leis cruéis do tráfico e das milícias. Quando a UPP foi idealizada, pensou-se em fases. A última fase é de monitoramento. Quantos homens, que tipo de equipamentos, análise das condutas morais dos policiais. Não dá para analisar a ação do policial em campo apenas por meio de abstrações e teorias. Esses são os desafios do mundo sensível. A gente fica achando que pode ter um policial com um comportamento apolíneo num mundo dionisíaco (uma referência ao deus Apolo, da harmonia, da luz e do sol; e ao deus Dionísio, das festas, do vinho e do prazer). Ele passa o tempo todo por tentações. É o dono do estabelecimento comercial que promete dar um franguinho no fim do dia, é o traficante que promete um ganho material.
ÉPOCA – Como evitar que policiais se corrompam, já que o tráfico continua ativo embora sem o controle do território?
Duarte – A grande maioria dos policiais está vacinada porque sabe que representa uma nova ordem uniformizada e barbeada, do bem, de proximidade com a população. E há a gratificação de R$ 500.
ÉPOCA – O que são R$ 500 diante das gratificações do tráfico, que paga dezenas de milhares de reais a quem cala e consente? A legalização de algumas drogas poderia, a seu ver, diminuir o poder corruptor do tráfico?
Duarte – Não sou favorável a legalização de drogas. Porque as drogas ilícitas estão represadas pelo dique da lei. As drogas que mais matam no mundo são o álcool, o tabaco, matam por acidentes, cirrose. Essas correm soltas sem o dique da legalidade. Receio que a sociedade passe a ter muito mais problemas de saúde. A compulsão da droga também incita o crime. O viciado acaba por dilapidar o patrimônio da família. A legalização poderia reduzir a corrupção nas comunidades, mas sempre aparecerá uma droga mais nociva e perigosa que será traficada. De qualquer modo, acredito que a sociedade deva discutir a legalização, para que se chegue a um consenso, especialmente no que se refere a drogas mais leves como a maconha.
ÉPOCA – O que o senhor pretende fazer agora?
Duarte – Acabar meu curso de Filosofia na UFRJ e cuidar dos meus filhos. E como eu acredito em questões metafísicas, acho que Deus me indicará depois o caminho.
 

Segurança/ 15 câmeras da Seprev sendo testadas

Uma cooperação tecnica entre a Policia Militar e a Prefeitura de Feira de Santana está propiciando a instalação de uma Central de Videomonitoramento na cidade. A iniciativa da administração municipal em trazer tecnologia de ponta e unificar as ações da Policia Civil, Guarda Municipal, Bombeiros, Samur, SMTT entre outros orgãos de defesa social em uma unica central,  permitirá uma maior ação das unidades policiaise consequentemente maior eficiencia no policiamento e  maior segurança para a população.



 
As 15 câmeras que integram a Central de Monitoramento da Secretaria Municipal de Prevenção à Violência e Promoção dos Direitos Humanos (Seprev) já estão sendo testadas. Os equipamentos foram instalados nas principais vias do centro da cidade. Na manhã desta segunda-feira (26), a estrutura foi visitada pelo prefeito Tarcízio Pimenta e pelo comandante da 64ª Companhia Independente, major Amon Pereira Gomes.
Durante o encontro foram discutidas questões técnicas da operacionalização. Conforme o secretário municipal de Prevenção à Violência, Mizael Freitas, as câmeras serão operadas por seis prepostos em cada turno – seis da Polícia Militar e dois da Guarda Civil Municipal. A Central de Monitoramento também integrará as demais esferas da Segurança Pública no município, como Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros e SAMU.
Na sala da Central de Monitoramento foram implantados 12 monitores de 42 polegadas e um monitor de 55 polegadas. Para dar suporte ao sistema, o equipamento conta com um provedor independente, considerado um dos melhores do país. “É um equipamento que não deixa nada a dever ao que encontramos nas grandes metrópoles”, aponta Tarcízio.
Para o comandante da 64ª Companhia, major Amon Pereira, o sistema facilitará bastante a ação da polícia no centro da cidade. “Todos os principais pontos serão monitorados durante 24 horas e os policiais farão o contato simultâneo via rádio. É um significativo avanço para Feira de Santana”, considera o comandante.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bases do Nordeste de Amaralina serão inauguradas nesta terça


 



  
Bahia Noticias:


Bases do Nordeste de Amaralina serão inauguradas nesta terça
Governador Jaques Wagner participa de solenidade
As três Bases Comunitárias de Segurança do Nordeste de Amaralina, em Salvador, serão inauguradas nesta terça-feira (26) em solenidade no Centro Social Urbano (CSU) do bairro. A cerimônia acontece as 8h30 e contará com a presença do governador Jaques Wagner (PT), do secretário estadual da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, e do comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Alfredo Braga de Castro. As unidades atenderão a cerca de 120 mil moradores da região. Para o seu funcionamento, o efetivo será de 360 policiais militares treinados em policiamento comunitário e 16 viaturas, além de 25 câmaras instaladas em pontos estratégicos para fazer o monitoramento da região, com uma central de monitoramento. 

sábado, 17 de setembro de 2011

Indenizações por erros em ações da PF dão prejuízo à União

Hoje na Folha A União começou a pagar a conta pelos erros ou excessos cometidos pela Polícia Federal em suas ações, informa reportagem de Aguirre Talento, publicada na Folha deste domingo .
Desde 2007, o governo federal foi condenado a pagar pelo menos R$ 1,6 milhão em indenizações por danos morais ou materiais a pessoas que foram presas por engano, ilegalmente ou que foram submetidas a exposição midiática excessiva.
Juan Barbosa/Folhapress
Maria Heloísa de Oliveira, que passou 51 dias presa injustamente
Maria Heloísa de Oliveira, que passou 51 dias presa
A Folha encontrou em arquivos da Justiça Federal e do STJ (Superior Tribunal de Justiça) 28 processos nos quais a União foi condenada, em primeira e segunda instâncias, a pagar por deslizes da Polícia Federal.
Pessoas presas por engano argumentam que sofrem até hoje danos psicológicos e constrangimentos em função dos erros da polícia. Elas reclamam da demora para o pagamento das indenizações e dizem que o valor é baixo diante dos momentos que tiveram que enfrentar.
A PF e a AGU (Advocacia-Geral da União) consideram "irrisório" o total de processos por danos morais e materiais se considerados os 16 mil presos desde 2004. Em nota, a PF disse que toda operação sofre "triplo controle: do Judiciário, do Ministério Público e dos superiores hierárquicos".
A Associação de Delegados da PF declarou que falta uma base de dados confiável sobre mandados de prisão. "Os erros são culpa de um sistema de troca de informações caótico."

Nota da Força Invicta sobre matéria publicada no Correio da Bahia


Com relação à matéria publicada na edição do dia 08 do corrente mês, sob o título “Polícia boa será premiada com 14º salário em 2012”, A Associação dos Oficiais da Polícia Militar, apesar de concordar com a assertiva atribuída ao Exmº Sr Cel PM Castro, Comandante Geral da PMBA, de que a valorização do homem não parte somente com o dinheiro, evidencia que o profissional de segurança pública precisa ter uma remuneração digna para desempenhar as sua atividades com um maior comprometimento e não apenas uma promessa de uma premiação para se atingir metas estabelecidas pela SSP como se a redução dos índices criminais estivesse apenas ligada ao esforço do contigente policial que, por sinal, já está no limite do ser humano.
 Aliado a isso, precisamos que o atual Governo da Bahia, que chegou ao poder com o apoio maciço dos servidores públicos, inclusive dos militares estaduais, demonstre - ainda em 2011 – a tão falada valorização para com a nossa classe que, diuturnamente, trabalha em prol da sociedade baiana, com o risco da sua própria vida.
 Então perguntamos ao nosso Exmº Governador do Estado:
 1)   Por que não se remunera os servidores policiais militares do Brasil sob a forma de subsídio, fixado em parcela única, conforme previsão do artigo 144, parágrafo 9º, c/c o artigo 39, § 4º, ambos da Constituição Federal?
 2)   Por que, enquanto mantém esta política salarial contrária à norma constitucional, não regulamenta e manda pagar a Gratificação de Atividade Policial IV e V, previstas na Lei nº 7.145 de 19 de agosto de 1997, ou seja, há exatamente 14 anos atrás, e que a todo reajuste na data base da categoria divulga os valores como se os policiais militares estivessem percebendo as referidas gratificações?
 3)   Por que não autoriza o pagamento dos processos de policiais militares que pleiteiam a diferença pecuniária da GAP III, apesar da própria PGE já ter se pronunciado favoravelmente sobre a matéria, através do parecer nº PEA-PP-212/2002;
 4)   Por que não paga a URV aos servidores do poder executivo, direito já reconhecido por inúmeras ações judiciais e já pago aos servidores dos poderes judiciários e legislativo?
 5)   Por que não declara apoio à PEC 300/446 para sua aprovação, já que há previsão da formação de um Fundo Nacional para custear a complementação salarial do trabalhador policial?
 Salvador, 8 de setembro de 2011.

Edmilson Tavares Santos – Ten Cel PM
Presidente

terça-feira, 13 de setembro de 2011

De quem é a culpa?

Esta fazendo um mês que o Gen Lessa publicou uma carta dirigida ao Ex Ministro da defesa Nelson Jobim. Nela, lamenta a interferência de pessoa estranha as Forças armadas, que por não ter formação em uma Academia Militar, onde é moldada uma personalidade de um futuro General de Exercito, que ali chega, não menos que após 30 anos de serviço, talhado com espírito de um verdadeiro soldado. O uniforme, galões e insígnias, representam o poder, a formação , a hierarquia, mas o simples uso não transforma a pessoa em um verdadeiro soldado. A interferência pura e simples, por delegação de um decreto qualquer, não permite que a tradição, a hierarquia e o respeito aos símbolos e aos pares sejam desreipetados ou atropelados por detentores de poder efémero. Muito verdadeiro e nos leva a meditação.



CARTA AO SENHOR JOBIM





Luiz Gonzaga Schroeder Lessa
12 de agosto de 2011
Como era natural, o senhor se foi, sem traumas, sem solavancos, subs-tituído quase que por telefone, não durando mais do que cinco minutos o seu despacho de despedida com a presidente, que, de forma providencial, já tinha até o seu substituto definido. Surpreso? Nem tanto.
Substituição aceita com a maior naturalidade, pois ela é parte da rotina militar.
O senhor talvez esperasse adesões e simpatias que não ocorreram, pri-meiro, pela disciplina castrense e, depois, pelo desgaste acumulado ao longo dos seus trágicos 4 anos de investidura no cargo de ministro da defesa. E como um dia é da caça e outro do caçador, o senhor foi expelido do cargo de forma vergonhosa, ácida, quase sem consideração a sua pessoa, repetindo os atos que tantas vezes praticou com exemplares militares que tiveram, por dever de ofí-cio, a desventura de servir no seu ministério (veja que omiti a palavra comando, porque o senhor nunca os comandou).
O desabafo à revista Piauí, gota d’água para a sua saída, retrata com fidelidade e até mesmo estupefação o seu ego avassalador, que julgava estar acima de tudo e de todos, a prepotência, a arrogância e a afetada intimidade com os seus colaboradores no trato dos assuntos funcionais, o desconhecimento dos preceitos da ética e do comportamento militar, a psicótica necessidade de se fantasiar de militar, envergando uniformes que não lhe cabiam não apenas por seu tamanho desproporcional, mas, também, pela carência de virtudes básicas, como se um oficial-general se fizesse unicamente pelos uniformes, galões e insígnias que usa, esquecendo que a sua verdadeira autoridade emana dos longos anos de serviços prestados à Nação e da consideração e do respeito que nutre pelos seus camaradas. O senhor, de fato, nunca a entendeu e nunca foi compreendido e aceito pela tropa, por faltar-lhe um agregador essencial – a alma de Soldado.
Sua trajetória no Ministério da Defesa foi a mais retumbante desmisti-ficação daquilo que prometeu realizar.
2
Infelizmente, as Forças Armadas ficaram piores, ainda mais enfraque-cidas. Suas promessas de reaparelhamento e modernização não se realizaram. Continuam despreparadas para cumprir as suas missões e, na realidade, são forças desarmadas, só empregadas no cumprimento de missões policiais, muito aquém das suas responsabilidades constitucionais.
A Marinha poderá até apresentar um saldo positivo no seu programa de submarinos, mas a força de superfície está acabada, necessitando de urgente renovação, que não veio. A Aeronáutica prossegue sonhando com os moder-nos caças com que lhe acenaram, programa que desafia a paciência e aguarda por mais de 10 anos. O Exército parece ser o que se encontra em pior situação no tocante ao seu equipamento e armamento, na quase totalidade com mais de 50 anos de uso. Nem mesmo o seu armamento básico, o fuzil, teve substituto à altura. Evolução tecnológica, praticamente, nenhuma. O crônico problema sala-rial que, por anos, atormenta e inferioriza os militares que são tratados quase como párias, não teve uma programação que pretendesse amenizá-lo. A Comis-são da Verdade, em face da sua dúbia atitude, é obra inconclusa, que tende a se agravar como perigoso fator desagregador da unidade nacional
O que fez o senhor ao longo desses quatro últimos anos para reverter essa situação, Sr Jobim. Nada! Só palavrório, discursos vazios, promessas que não se cumpriram, enganações e mais enganações. Mas sempre teve a paciên-cia, a lealdade e a fidelidade dos Comandantes de Força.
A Estratégia Nacional de Defesa é o maior embuste que tenta vender. Megalômana, sem prazos e recursos financeiros delimitados por específicos programas governamentais, é um documento político para ser usado ou des-cartado ao sabor das circunstâncias, como atualmente ocorre, quando é vítima dos severos cortes orçamentários impostos às Forças Armadas, que inviabili-zam os seus sonhos de modernização. Mal sobram recursos necessários para a sua vida vegetativa.
O caos aéreo que prometeu reverter com a modernização da infraestru-tura aeroportuária só fez crescer e ameaça ficar fora de controle.
Você (como gosta de chamar os seus oficiais-generais) foi um embuste, Jobim.
Por tudo de mal que fez à Nação, enganando-a sobre o real estado das Forças Armadas, já vai tarde. Vamos ficar livres das suas baboseiras, das suas palavras ao vento, das suas falácias, das suas pretensões de efetivamente
3
comandar as Forças Armadas, mesmo que para isso tivesse que usurpar os limites constitucionais.
Você parte amargando a compreensão de que nada mais foi do que um funcionário ad nutum, como todos os demais, demitido por extrapolar os limi-tes das suas atribuições. A contragosto, é forçado a admitir que o verdadeiro comandante das Forças Armadas é a Presidente Dilma que, sem cerimônia, não tem delegado essa honrosa missão exercendo-a, por direito e de fato, na plenitude da sua competência.
personalidade que a história saberá julgar.
Como no Brasil tudo o que está ruim pode ficar ainda pior, vamos ter que aturar o embaixador Amorim, que por longos 8 anos deslustrou o Itama-raty e comprometeu a nossa tradicional e competente diplomacia. Sem afini-dade com as Forças, alheio aos seus problemas e necessidades mais premen-tes, com notória orientação esquerdista, só o tempo dirá se a sua indicação valeu a pena.
No fundo, creio mesmo que só ao Senhor dos Exércitos caberá cuidar das nossas Forças Armadas.
1) O autor é General-de-Exército, Ex-Presidente do Clube Militar e Membro Fun-dador da Academia Brasileira de Defesa

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Cortados na carne (Tributo a Fernando Wydeman)


Publicado no Blog  A Queimaroupa



Ao assumir a pasta da Segurança Pública da Bahia, o jovem delegado da Polícia Federal Dr. Maurício Teles Barbosa afirmou com ênfase que cortaria na própria carne, caso fosse preciso, enfocando que as instituições integrantes da Secretaria a ele confiadas cuidariam de extirpar das suas entranhas os pseudopoliciais – locução que usou quando, logo depois da sua assunção, o embate entre policiais civis resultou na morte de um agente ao ser ele surpreendido por colegas no bairro da Pituba, supostamente na prática de um crime de extorsão.
A princípio louvável a coragem e a determinação do secretário, vez que é inadmissível, imponderável e impossível desenvolver qualquer atividade, seja qual for o campo laboral ao qual se dediquem os seres humanos, se na sua própria estrutura constar a presença de traidores, anticidadãos, pessoas desprovidas de caráter, capazes de vender seus próprios pares e os interesses do grupo ao qual pertencem.
Tanto pior se os desviados integram forças policiais, vez que, ao mudarem de lado, traem a confiança que lhes foi depositada pelo estado como um todo e, por conseguinte, da sociedade, ávida e sedenta por dias menos turbulentos, tudo potencializado pelo fator de que neste caso, é inerente à atividade policial o permanente risco a integridade física dos agentes da lei, como de resto à sua própria vida.
Na esteira desta pretensão elogiável, como dito preliminarmente, de alcançar os maus profissionais da segurança, uma enxurrada de sindicâncias, processos administrativos e prisões espetaculosas de agentes, soldados, militares graduados e delegados de polícia. Nestas derradeiras providências, filmagens, fotografias, reportagens com destaque nas manchetes dos jornais de grande circulação do estado e nos demais órgãos de imprensa do país, dando conta desta assepsia que tornaria a polícia mais limpa e a cidade mais segura.
Confesso que fiquei um tanto quanto apreensivo quando li a matéria dando conta desta sua intenção de cortar na carne, aumentando minha inquietude a cada ação velada ou explícita praticada pelos órgãos de controle da polícia, muitos deles com suporte ou provocados pelo braço do Ministério Público, que buscavam sanear os focos de improbidade, prevaricação e demais desvios, extirpar tumores, cauterizar tecidos podres para que não contaminassem todo o corpo.
Sim, porque em 2002, tempo em que o secretário começava a vida profissional, concluindo seu curso de direito, e ingressava nos quadros da Federal, eu completava meu meio século de vida e caminhava para trinta anos de polícia. Então, vendo o jovem Mauricio, nosso “Nassau”, que pretendia criar as pontes de retidão sobre os rios da miséria humana – alguém disse que a polícia é o mar onde deságuam todos os rios da miséria humana – usando desta estratégia erradicadora como um dos pilares do seu projeto para solucionar a questão da violência na Bahia, esta sim, deveras preocupante, temi e tremi. Por ele, por nós policiais e pelo povo residente e visitante desta terra de Oxalá.
Lembrei-me de uma frase – as palavras não voltam vazias – quando um episódio infeliz para todos os envolvidos se fez ocorrer. Um tio do secretário foi preso, acusado de um crime de pequeno potencial ofensivo e os elogios lhe foram demasiadamente dirigidos, na medida em que não interferiu em favor deste seu parente próximo. Realmente louvável sua atitude, visto pelo ângulo do gestor que deve ser consequente e coerente. Mas, pensei comigo mesmo, as palavras não voltam vazias, houve que existir este corte de sua própria carne, quis o destino.
Ações fora dos muros foram adotadas desde quando o secretário assumiu. Troca de cargos, retomada do Calabar, caça às figuras expostas no baralho do crime montado pela SSP-BA, estratégia exitosa copiada de procedimento do Exército americano, planejamentos, blitz em locais visíveis, mas, infelizmente, há que se reconhecer, os resultados destas mediadas intestinas e externas, não pôde dar ainda aos soteropolitanos e turistas, nem mesmo uma sensação de segurança, que dirá uma verdadeira segurança, obrigação do estado.
As saidinhas bancárias que não sossegam, com vítimas feridas gravemente e até mesmo mortas, os assaltos a ônibus, os ataques aos estabelecimentos bancários revestidos de uma ousadia sem precedentes, os sequestros dos gerentes de bancos e suas famílias para obrigar os funcionários a entregarem para as quadrilhas os valores guardados nos caixas-forte, os crimes de extorsão mediante sequestro que tiveram como alvo pessoas expressivas da sociedade baiana, o assustador número de homicídios, fatos divulgados enfaticamente a toda hora, por todos os meios de comunicação, são indicadores do que pude afirmar anteriormente.
Existe ao que se sabe uma insatisfação nos quadros das duas polícias estaduais, motivada por uma série de fatores que vão dos baixos salários, das precárias condições de trabalho e do desrespeito aos policiais, no que tange ideia de que estão nivelados por baixo os militantes das agremiações responsáveis pela segurança pública, naquilo que concerne ao caráter e dignidade dos seus membros.
Ouvem-se comentários dando conta de que apenas dois batalhões da PM estão operando verdadeiramente e que, na Civil, se fala que a cúpula faz de conta que manda e a base faz de conta que obedece. Em sendo real este informe, nenhuma estrutura de segurança se sustenta e impera fatalmente o domínio do caos.
Diz-se ainda que uma inversão de valores estimula o descontentamento dos profissionais de segurança pública, citando-se, como exemplo, a inteligência da SSP ser comandada por um agente, enquanto que profissionais experimentados são preteridos, estendendo-se esta situação para diversas diretorias, titularidades e até comandos militares, neste último caso com menor ênfase em face da hierarquia.
Sinto-me capaz de fazer esta crítica – não só pelo que sei de segurança pública e da vida, muito embora saiba que jamais deixarei de ser aprendiz – porque fiz publicar no site À Queima Roupa da minha amiga Jaciara, o seguinte:
Excelente a entrevista concedida pelo secretário de Segurança Pública, Maurício Teles, à jornalista Jaciara Santos, publicada no blog À Queima Roupa. Igualam-se, entrevistado e entrevistadora, na capacidade de questionar da segunda – fato que não me faz tomado de surpresa -, bem como na sobriedade e competência em responder do primeiro.
Aliás, quando escrevi o artigo Espiral Ascendente, publicado neste mesmo veículo dias atrás, havia comentado sobre minha observação acerca da postura e do discernimento do atual gestor da pasta da Segurança baiana, quando discorri sobre ele e a atual administração que ainda caminha no seu gênesis. Repito trecho dali retirado:
Consequente, consciente, comedido nas palavras, mas, capaz na forma de dizê-las, competente, bem intencionado e aguerrido, é assim como vejo o novo Secretário da Segurança Pública da Bahia, não o conheço, mas, homem de inteligência que também sou, conheço-lhe as referências. Como era de se esperar, acercou-se dos jovens valores desta policia baiana, de tantos iluminados, montando seu staff, uma plêiade de bravos capazes de fazer girar bem a máquina sob seu comando, profissionais que, consoante dito acima, conheço desde que ensaiaram seus passos primeiros na casa.

A bem da verdade, mais do que em tom de crítica, escrevo estas linhas para revelar, numa hora de dor para todos nós, policiais baianos, um sentimento de revolta. Sim, porque ao invés de ver cortar na carne como pretendia esta administração, para teoricamente separar o joio do trigo, vejo que estamos sendo cortados na carne.
Ontem, um jovem, Fernado Wydeman Adan, filho de um grande profissional, o delegado Adailton Adan, dileto amigo, foi morto a tiros, em plena luz do dia, quando saia de casa para ir à faculdade. Pouco importam os motivos, eles serão apurados, cabe aqui registrar a violência e perguntar: há maior corte na carne do que a perda de um filho, ainda mais em uma circunstância desta?
Que dizer dos diuturnos cortes na carne quando, toda semana, vemos e ouvimos as notícias de colegas policiais civis e militares, mortos nas mais diversas circunstâncias, órfãos de uma instituição a quem, pelo visto, não mais se respeita?
Invade-se uma cidade, Camacã, prende-se todo o aparelho policial, desmoralizando não apenas os profissionais que militavam ali, mas a instituição como um todo, numa ação cinematográfica no ato de fazer e na forma de divulgar, acusados de uma gama de crimes. O jornal de maior circulação do estado estampa na primeira página a foto do Delegado Jackson Silva, entrando algemado na Corregedoria, carregando pertences, como um delinquente comum.
Dias depois, o Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do feito, numa sentença clara, exime de qualquer responsabilidade o Delegado e todos os alcançados naquela operação midiática são absolvidos. Nenhum desagravo institucional, nenhuma reparação espontânea da segurança pública. Existe carne mais dilacerada do que esta?
Informado de um detalhe que poderia resolver um sequestro que se deu há poucos dias na Bahia, numa ação que durou mais de dois meses, falei com um delegado que cuidava do caso para lhe passar a notícia e avisar que fui chamado pela família para colaborar. Recebi, no meu celular, a seguinte mensagem do colega, dois dias depois, esta que ainda guardo: “Conversei ontem com o delegado geral e o secretário. Disse que o senhor me procurou para dar algumas informações e foi procurado por alguns desembargadores e empresários, sondando-o sobre a possibilidade de ajudar na resolução do sequestro. O senhor disse que poderia ajudar desde quando a SSP tivesse ciência. O secretário disse que pode orientar a família, porém sem o aval da SSP, mas agradeceu a ajuda”.
Senti-me cortado não na carne, mas na alma, mas, mesmo assim, ajudei no que pude.
Uma polícia desestimulada, ferida, oprimida, desrespeitada, não pode produzir. A função, por si só, dado ao estresse constante que envolve a atividade, necessita estar com sua estima elevada, ter a tropa com seu moral altivo. Porém, a continuar estes indiscriminados cortes na carne e esta política de fazer de conta, caminharemos para um clima preocupante e doloroso. De que valem aqueles policiais com cara de paisagem nas entradas e saídas do Calabar, se no resto da cidade se vive um clima de guerra?
Adan acaba de esclarecer um crime semelhante a outros dois ocorridos em Minas, o do goleiro Bruno e em São Paulo, da jovem advogada nissei, dos quais as duas excelentes instituições co-irmãs não tiveram êxito de fazê-lo, na plenitude com que ele o fez. Sei que a polícia da Bahia é uma das melhores do mundo e conheço várias, fazendo e treinando, por isto posso dizer isto de cátedra e Adan é dos seus mais lídimos representantes. Mas quis o destino lhe pregar esta peça malvada dias depois.
Conheci seu pai, velho agente com quem ainda pude militar no alvorecer de minha carreira, na companhia de Dedé, Santana, Amorim, Edvaldo, Humberto Teixeira e outros a quem soube respeitar, com quem muito aprendi e de quem não dispensei ajuda, talvez por isto tenha conseguido acertar muitas vezes.
Bem, resta pedir a Deus que dê ao colega e sua família a resignação necessária para ultrapassar este momento de dor ilimitado e insuperável.
E que Ele conceda aos homens desta nossa segurança bom senso, boa vontade e inspiração, para que, afinal, tenhamos paz.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

PM ofendida.

A reportagem publicada ontem no Correio da Bahia causou indignação em todos os componentes da PMBA. Parece uma retaliação, em virtude da detenção de uma reporter daquele jornal no dia da morte do Sargento da Rondesp, mesmo sabendo-se que os fatos citados na referida nota, foi resultado de ações das proprias policias, que ja estavam apurando os fatos.O post no Blog Abordagem Policial, retrata fielmente o sentimeno dos integrantes da Corporação.

jornal Bandido

7set2011 Em: Imprensa, Opinião, PCBA, PMBA


Me sinto à vontade para criticar abusos cometidos pela imprensa ao veicular alguma (des)informação sobre erros, crimes e arbitrariedades feitas por policiais. Primeiro, porque este blog se assemelha em alguns aspectos a um “órgão” de imprensa (uma mini-revista virtual, digamos). Segundo, porque reiteradas vezes criticamos aqui atuações policiais equivocadas (fora ou durante o serviço), de modo que qualquer acusação de corporativismo é injusta e descabida.
A precaução da introdução se deve à indignação frente à seguinte capa de jornal publicada em uma edição desta terça-feira em toda a Bahia:

O leitor não policial, ao se colocar no lugar de quem tem um filho que lê uma manchete do tipo se referindo a sua profissão/instituição em que trabalha, deve imaginar o quanto a publicação é ofensiva, lesiva e provocadora – não menos que a própria conduta criminosa dos policiais citados na reportagem, se verídicas e comprovadas.
O jornaleco toma a parte pelo todo, é sensacionalista, presta um desserviço ao leitor, pois estigmatiza e discrimina toda uma categoria a partir de fatos individuais. Utilizando o adjetivo que o veículo de imprensa se apropriou, acaba fazendo banditismo com o serviço de caráter público que possui a permissão para prestar, considerando apenas seus rendimentos pecuniários (como todo competente bandido faz).
Trata-se de mais um caso de irresponsabilidade dos setores da imprensa marrom, que amordaçada pelos patrocinadores (públicos e privados) das elites, só podem responsabilizar pelas inconsistências da nossa sociedade, neste caso, a insegurança pública, toda uma categoria profissional que nada tem a ver com os casos citados, onde os supostos autores nem sequer foram julgados. Com a palavra, as polícias baianas, e as associações/sindicatos de classe.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Câmeras vão auxiliar a segurança na Expofeira 2011

A 66ª Companhia Independente (CIPM), através do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL), estará empregando 1.053 policiais militares, para atuarem no esquema de segurança durante a XXXVI Expofeira / 2011, que acontece de 04 a 11 de setembro, no Parque João Martins da Silva, em Feira de Santana.
Uma  Central de monitoramento, com câmeras instaladas nas principais áreas do Parque; postos elevados de observação; detectores de metais; Hand-Talkies (HT); e aparelhos celulares fazem parte do esquema.
A Companhia Especializada Tático Operacional (CETO), através dos pelotões Cavalaria (montada), Asa Branca (motociclistas), Tático Móvel, bem como as guarnições das 64ª, 65ª e 67ª companhias independentes farão parte do policiamento em apoio à 66ª CIPM.
O 2º Grupamento de Bombeiros da PM também dará apoio ao evento.
redacao@blogdafeira.com.br

SEMPRE A POLÍCIA

Apenas para meditar.


Se o mandado de prisão demora a sair, a culpa é da policia
Se o bandido desaparece, a culpa é da policia.
Se o bandido é morto durante tiroteio, a polícia é culpada: “ coitado do criminoso! "
Se sobrevive, a polícia é inoperante, pois "deveria ter acabado com ele".
Se a polícia age com rigor para manter a ordem, é truculenta.
Se não age com rigor, é muito “mole”,ineficiente.
Se a polícia estava presente na hora do fato, é cúmplice
Se não estava, é omissa. 
Se revista um suspeito, desrespeita o direito do cidadão.
Se não revista, "faz vista grossa".
Se prende pobre, é injusta.
Se prende rico, é “porque quer aparecer ".
Se prende um ladrão, tem que apresentar provas.
Se o criminoso acusa o policial de tortura,extorsão e roubo ele é preso e expulso mesmo sem provas.
Ser Policial no Brasil é um exercício de bravura , risco permanente sem o apoio moral e institucional, sem reconhecimento, padecendo do abandono, da discriminação, da injustiça, da indignidade, da negligência do Estado contaminado pela ação nefasta da política.

sábado, 3 de setembro de 2011

Associação da PM faz encontro pela PEC 300 com apoio do DEM

 Acho super interessante a forma que os políticos nos utilizam como massa de manobra para seus interesses partidários. Estiveram no no poder, na Bahia, por mais de 20 anos e nunca se preocuparam em minorar nossos problemas de salários. Sob suas administrações, ocorreram greves na Policia Militar, que tiveram resultados catastróficos para a instituição,  tivemos, morte de oficial, paraplegia em outro e diversas prisões em 1981, em 1991 e 2001 novamente a Corporação sublevou-se, acontecendo novas prisões de oficiais e praças. Fomos chamados de insubordinados, a maquina do poder funcionou com todo rigor, "cabeças" foram cortadas, policiais transferidos e processos judiciais instaurados, mas aumento salarial que era o motivo maior dos movimentos grevistas, nunca foi atendido. Agora, surgem apoiando, a PEC 300, sonho de todos nós, como "salvadores da pátria". Como na situação que estamos toda ajuda é bem vinda, vamos lá, mais com olhos bem abertos.







Hoje em Salvador


A Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia realiza hoje (2) e amanhã (3) um encontro nacional com diversas entidades de classe para discutir a aprovação da PEC 300 namara Federal.
. O encontro acontece no auditório do Hotel Alah Mar, no Jardim de Alah (depois do Bompreço, sentido Pituba, e ao lado do restaurante Mundo do Bacalhau), entre às 9h e 17h.
 A proposta vai garantir um piso salarial nacional para policiais e bombeiros, e está parada namara,  apesar de já ter sido votada em primeiro turno.
 "Será mais um evento para cobrar e defender essa bandeira, fundamental para a segurança pública na Bahia e no país", afirmou o presidente da associação, Aguinaldo Pinto de Souza. Mais de 50 entidades confirmaram presença.
Partidariamente o evento tem o apoio do DEM baiano.

redação@blogdafeira.com.br

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Desmoralizando as polícias e os Policiais que atuam dentro do contexto da lei.

um companheiro me enviou um email e uma cronica, onde  vemos claramente que uma parte da imprensa, chamada marrom, utiliza os fatos policiais, fazendo sensacionalismo, atraves de imagens grotescas, humilhantes, a fim de  atingir, custando o que custar,  maior indice de audiencias e assim manter seus empregos. Ganham notoriedade, para depois se tornar candidatos a cargos politicos, em cima de noticias, onde na maioria das vezes, denigrem a imagem dos profissionais da segurança publica e tentam desmoralizar a Corporação.O mais chocante de tudo isso, é que são "alimentados" por informações prestadas por policiais, que inocentemente ou não contribuem para o aumento dos patrimonios desses  gananciosos reporteres e do desgate dos orgãos policiais.






Amigos

Belo texto, faltou apenas citar que nós policiais militares e comandantes sustentamos esta parte da mídia sensacionalista, imaginem se o bocão, o na mira e outros não tivessem diligencias para filmar, imaginem se não ligássemos para informar as diligencias para tomarem conhecimento por vezes até  antes do cmt saber, pois é, certamente não teriam como sobreviver, como comprar lanchas e iates, enquanto isto continuamos a sustentar estes que visam apenas o lucro, não se enganem com esta historia de amizade, é  troca de favores, mas quando a corda apertar para o lado de quem os sustenta vamos ver se não vai colocar na tela da mesma forma que trata todo nós policiais, reflitam e vamos ser profissionais. A DCS CONTA COM PROFISSIONAIS DE ALTO NIVEL QUE PODE NOS ASSESSORAR CASO NECESSITE DE DIVULGAÇÃO, ESTE É O CAMINHO

CAMPANHA INFORMAÇÃO SENSACIONALISTA ZERO

HERIQUE MELO





 

Desmoralizando as polícias

435 Visualizações

Imagem ilustrativa
Atualmente, não basta todos os problemas que a Policia Militar enfrenta como os de ordem econômica, descaso social, falta de reconhecimento e dificuldades para exercer a profissão devido às péssimas condições a eles colocadas ainda tem que enfrentar a ironia da mídia que muitas vezes coloca em xeque a lisura de caráter dos membros da corporação em virtude de alguns casos polêmicos.

Mas raramente, ou quase nunca esses mesmos veículos de comunicação enaltecem esses heróis que é a categoria mais sofrida do país.

Todos estão carecas de saber a situação caótica em que vivem os Policiais Militares da Bahia. Para acabar de completar, os mesmos ainda tem que suportar o sensacionalismo midiático por causa de acontecimentos atípicos com alguns membros da corporação. Um deles foi o que ocorreu com um policial e uma jornalista. O Policial estava desempenhando suas atribuições, já muito triste pela morte do colega: o sargento da Rondesp (Fábio Nascimento Cintra ) .

Imagem ilustrativa
A jornalista Marina Silva mandou o policial ir se… ( não precisa nem completar a frase) ou seja, palavrões que são irreprodutíveis.

Ele, usando a força da lei a prendeu por desacato a autoridade. Pergunta: qual foi o abuso de autoridade neste contexto? A Polícia Militar agora tem que submeter-se a todo tipo de situação para não desagradar quem quer que seja?

Como se não bastasse, a mídia publicou de uma maneira bem irônica que o Sargento da Rondesp ( o que foi morto em casa) era agressivo. Tudo isso porque um vereador alegou ter levado duas coronhadas dele. É fácil falar de quem já morreu e que não pode se defender, mas com certeza essa mesma mídia “justiceira” não procurou a família do Sargento para colher informações sobre o outro lado da moeda.

Existem muitos políticos por ai que não merecem apenas coronhadas não, merecem é um pontapé do povo para aprender os princípios da honestidade, moralidade, legalidade e o respeito não só aos que lhe concedem o voto, mas aos policiais que estão ali para defender os interesses da sociedade.(...

                                                                                            ...)   
Diante destes fatos, fica claro a desmoralização em que os diversos segmentos dos profissionais de segurança pública são submetidos ao longo de suas carreiras. Tentam fazer seu trabalho da melhor maneira possível, mas os políticos não se esforçam para lhes dá a dignidade merecida. Em países de primeiro mundo a Polícia é respeitada e bem remunerada, mas aqui no Brasil as polícias são questionadas a todo tempo por uma sociedade e uma mídia hipócrita que considera um ato errôneo de um policial como sendo um crime Hediondo, mas a roubalheira de Brasília, a falta de uma saúde digna, escola bacana é apenas um pequeno furto social, algo bobinho que ninguém dá importância. Já banalizou mesmo e o povo Brasileiro tem memória curta.
Da Redação ChicoSabeTudo
Enviado por Isis nogueira