GERAÇÃO 60 - UMA GERAÇÃO MENTIROSA E TRAIDORA
JB Xavier
Começo exaltando as exceções do título deste artigo. São Poucas, mas existem. A elas o meu respeito.
O fato é
que estou cansado. Cansado e desanimado. Muito desanimado. Já não sei
mais o que dizer aos meus filhos. Eles estão na casa dos 30 anos. Eu?
tenho quase sessenta. Eles sempre me admiraram, e à minha geração, pelo
que ela significou para as mudanças ocorridas no Brasil. E o que ela
significou realmente?
Eis
uma pergunta que me faço há pelo menos uns 20 anos, tão logo comecei a
me sentir traído por ela! Por me sentir assim, já escrevi o artigo.
Eu
gostaria de ter escrito este artigo ainda na década de sessenta, quando
eu era voz vencida entre os estudantes de meu colégio, onde eu ocupava o
perigoso cargo de Presidente do Gremio Estudantil Henrique Fontes, no
Colégio Normal Gov. Celso Ramos, em Joinville, Santa Catarina. Idem,
mais tarde, na faculdade. Eu queria ter escrito este artigo há época, e o
teria feito, mas por outras razões, muito diversas daquelas que me
levaram a escrevê-lo agora.
Se
eu tivesse escrito este artigo na década de 60, eu teria sido linchado
não pelo exército, mas pelos meus pares, que me considerariam traidor da
causa! Sim, porque se o exército não fez carinho nos revolucionários,
estes por sua vez não eram nenhum anjinhos, e os exemplos estão aí, com
Celso Daniel etc...
Quanto
às torturas, prisões etc...apesar de terem sido cruéis e
desnecessárias, eram previsíveis. Nenhuma guerra se faz atirando rosas
no inimigo. Tanto da parte dos revolucionários quanto da parte do
exército. Vide as ações armadas de nossa atual Presidente.
Na
verdade, quem queria trabalhar - e progredir - em paz, como eu, não foi
molestado em nenhum momento pela ditadura militar. Trabalhei, estudei,
casei, progredi e tive meus filhos sem nunca ter tido o menor problemas
com os milicos.
Problemas
sim, com a ditadura, tiveram os que não conseguiam seguir as regras do
jogo da competição sadia, ou por incompetência, ou por desejo de
enriquecimento rápido. E qual é o caminho mais rápido para isso?
Desfazer o jogo e criar outro, com suas próprias regras - geralmente
exclusivas e desonestas. É o que temos hoje! E foi aí, que, há época, o
exército disse Não!
Mas
o fato é que, apesar de tudo, não posso morrer sem escrever este
artigo, para que permaneça fiel às minhas idéias e me posicione de vez
no lugar onde sempre desejei estar: Ao lado da modernidade, do progresso
pessoal e intelectual, da meritocracia e dos princípios básicos da
verdade.
Porque
não escrevi antes? Porque a estupidez e a imbecilidade coletiva das
décadas de 60, 70 e 80, motivada por uma lavagem cerebral coletiva dos
jovens de minha geração, orquestrada pelos países totalitários e
lideradas por artistas "esclarecidos" e pseudo-intelectuais brasileiros,
levou minha geração a uma histeria sem precedentes que a tornou cega e
surda, mas não muda!
Meus
filhos, quando adolescentes, admiravam as mudanças conseguidas pela
sociedade brasileira, em sua resistência ao regime militar. Como eles
não tinham vivenciado o "antes" e o "durante", deixei-os se deliciarem
com o "depois", não sem certo orgulho por ter pertencido a uma época
única da história brasileira.
E
por que eu não me deixei contagiar por essa lavagem cerebral? Simples!
Eu me lembro que eu era o único que queria aprender francês, nas aulas
deste idioma - sim, porque aprendíamos francês nos dois primeiros anos
do curso chamado ginasial, há época. Nos dois últimos e nos três anos do
colegial, aprendíamos inglês, que tampouco ninguém, exceto eu e uns
poucos, tinha interesse.
Por
que estou dizendo isto? Acreditem não é para jogar confete sobre eu
mesmo, nem para parecer ter uma inteligência privilegiada, que sei que
não tenho. É apenas para lhes dizer que eu queria ler em outros idiomas o
que estava acontecendo fora do Brasil. E quando eu pude ler com
desenvoltura o "Le Monde" e "TIME", comecei a enxergar o outro lado do
discurso popular da "resistência" brasileira. Pude ver que tudo não
passava de uma fraude monumental, orquestrada por países da Cortina de
Ferro interessados em abocanhar poder na então ultra sub-desenvolvida
América Latina, como já haviam feito na Europa do Leste e Cuba. Pude ver
então que o tão valente caudilho que desceu a Sierra Maestra para
salvar Cuba do corrupto Fulgencio Batista, acabou por se render ao
dinheiro fácil, e por quatro bilhões de dólares anuais, alugou
o território cubano para que a então União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas instalasse seus mísseis quase no quintal dos americanos.
No Brasil sempre se achou que Fidel Castro foi um herói. Bulhufas! Até seu discurso de guerrilheiro era uma farsa! Ele disse "Desenvolvemos
uma guerra de movimento, de atacar e retirar-se. Surpreendê-los. Atacar
e atacar. Desenvolvemos a arte de confundir as forças adversárias, para
obrigá-las a fazer o que queríamos. E muita arma psicológica", disse Fidel sobre a guerrilha.
Isto
saiu, há época nos jornais europeus e americanos, mas quem, no Brasil,
há época, além dos intelectuais interessados em tomar o poder, como fez
Fidel, e alguns artistas cretinos desejosos de mamar em suas tetas,
sabia inglês? Ninguém! Então rezava-se pela cartilha desses hipócritas
que hoje estão no poder.
Ora,
a técnica de guerrilha descrita por Fidel, foi uma das duas únicas e
estúpidas invenções de Mao Tsé Tung, que revolucionou o que se sabia até
então sobre guerra, descrita por sua máxima: "O inimigo avança, recuamos. O inimigo cansa, provocamos. O inimigo acampa, fustigamos. O inimigo se retira, perseguimos." A outra invenção foi lançar a moda de queimar montanhas de livros em praças públicas!
Invenções,
vírgula, porque Mao, também um mentiroso retrógrado empedernido, que
conseguiu fazer a China retornar à escuridão da ignorância medieval,
apropriou-se deste conceito de guerrilha que foi, na verdade escrito no
século IV a.C. pelo estrategista militar Sun Tzu, em seu livro famoso A
Arte da Guerra, que tanto sucesso faz entre nós hoje em dia. Aliás
outros déspotas famosos fizeram o mesmo, como Gengis Khan e Napoleão, só
para ficarmos com dois dos mais conhecidos.
Quem
lia inglês, há época ficou sabendo que foi o jornalista Herbert
Matthews, do "New York Times", que apresentou Fidel aos Estados Unidos e
ao mundo, após entrevistá-lo em Cuba.
E
um detalhe, o ataque de Fidel aos quartéis de Moncada, na cidade de
Santiago de Cuba, fracassou. Fidel foi preso, julgado e condenado a 15
anos de prisão. Quem se informava há época ficou sabendo que em 1955,
Fidel foi anistiado por Batista e, clandestinamente, montou o Movimento
26 de Julho. Em 7 de julho, ele partiu em exílio para o México, onde
conheceu o argentino Che Guevara e organizou o embrião da guerrilha.
Um
anistiado que se voltou contra o anistiador - uma fórmula seguida à
risca pelos "revolucionários" brasileiros da geração 60, ainda que os
anistiadores brasileiros nem de longe se comparem, em crueldade, a
Fidel.
Por
que estou narrando esses fatos? Porque este homem foi - e ainda é -
considerado pelos governantes brasileiros, uma espécie de "mentor
revolucionário", quando o que realmente fez foi - quem já foi a Cuba
sabe - transformar seu país num enclave miserável, onde impera a
prostituição e a corrupção, com padrões de pobreza próximos aos do
Chade. Isto num dos locais mais bonitos do globo!
Basta ver com que países o Brasil está alinhado hoje: Irã, Venezuela e Cuba, só para citar alguns. É para rir ou para chorar?
Concordo,
Fulgencio Batista não era flor que se cheirasse. Ele instaurou um
regime autoritário, prendeu seus opositores e restringiu as liberdades
através do controle da imprensa, da universidade e do congresso, usando
métodos terroristas e fazendo fortuna para si e para seus aliados.
Pergunto:
Por que Fidel Castro não arrumou a bagunça deixada por Fulgêncio
Batista e devolveu o poder aos civis, como fez o Exército Brasileiro?
Por que ele se transformou num ditador sanguinário, talvez pior que
Batista?
Em
seu bunker com certeza não falta papel higiênico e sabonetes, que é uma
das moedas de troca de todo turista que visita a parte pobre de Cuba.
Sim, porque existe uma Cuba para ricos - uma península literalmente
"para inglês ver" com hotéis maravilhosos e infra-estrutura de primeiro
mundo!
Quem
defende Fidel que explique por que tanta gente arrisca a vida em
embarcações precárias, num mar infestado de tubarões para fugir do país?
Estarão loucos? Arriscar a vida para fugir do paraíso?
Já
pensaram se o último dos "ditadores" brasileiros, o General Figueiredo,
resolvesse permanecer no poder, como fez recentemente Ghadafi?
Pergunto
mais: Quais países onde o poder foi tomado por golpes militares,
tiveram o poder devolvido democraticamente aos civis? Cuba? Egito?
Líbia? Síria? Coréia? Chile? Bolívia? Rússia? Irã? China? Venezuela?
Iraque?
E
ainda mais ridículo: qual desses países indenizou os vencidos, como faz
o Brasil até hoje, quase trinta anos após o fim da ditadura, mantendo
insepulto esse cadáver da "ditadura militar" apenas para continuar
sugando as milionáriass indenizações que até gente acima de qualquer
suspeita, como Ziraldo - o do Pasquim - recebeu?
O único dos políticos que não aceitou a indenização foi Mario Covas. Ele disse certa vez: "Eu lutei uma revolução. E venci. Como posso indenizar eu mesmo por uma vitória?"
Infelizmente,
tão logo morreu, sua esposa e filhos receberam a indenização,
descontados os devidos numerários advocatícios, claro, curiosamente
defendida por um advogado manjado, que um dia conseguiu retirar Lula de
sua detenção no DOPS.
Para
se ter uma ideia, desde a década de 80, trinta e três regimes militares
perderam o poder para regimes civis, mas mergulhados em sangue e com
muitos deles caminhando para novas ditaduras.
E
não me venham com essa história de que foi a militância que derrubou a
ditadura militar brasileira! A tão propalada militância, um movimento
incipente, acanhado e mal organizado, restrito praticamente apenas a
algumas das grandes cidades brasileiras. Os militares sempre disseram
que devolveriam o poder aos civis quando tivessem erradicado os
comunistas de nossas fronteiras. E foi o que fizeram.
Sorte a nossa que nenhum dos cinco generais que administraram o Brasil gostava mais do poder que da caserna!
Quem
viveu aquela realidade sabe que o General João Batista Figueiredo
assumiu já com essa missão declarada: Preparar a transição para o
governo civil. Levou cinco longos anos para isso, e ao final do seu
mandato, estava visivelmente impaciente para passar ao anonimato, como
ele próprio declarou. Para isto, anistiou a maioria dos revolucionários
no exílio, e aí, sim, errou, porque trouxe de volta ao cesto, as maçãs
podres, que hoje estão se lambuzando no dinheiro público - também uma
forma de ditadura, exercida pelo poder do voto de cabresto, num país de
semi-analfabetos, ou como diz o IBGE, de "analfabetos funcionais".
Claro,
considero que o leitor tem discernimento para considerar que quando
falo em "maçãs podres" naturalmente havia exceções, como Mário Covas,
por exemplo, e alguns outros.
A
redemocratização do Brasil, começou já com uma farsa. Quem não se
recorda do quase cadáver Tancredo Neves sendo mantido sentado sabe-se lá
como para exibição à imprensa? Esperidião era para ser seu vice, mas
tinha pretenções próprias ao Planalto, e perdeu o bonde da história para
o Marimbondo de Fogo(*), José Sarney.
E
o que fizeram os "grandes revolucionários" anistiados, as grandes
cabeças cheias de boas intenções com o Brasil, que batiam no peito,
dizendo que foram torturados e trocaram tiros pelas ruas?
Brizola
arrebentou o Rio de Janeiro, Sarney faz o Maranhão não só não
progredir, como consegue a proeza de fazê-lo andar para trás. Quércia e
Cia. quebraram o Banespa, o 2º maior banco brasileiro, a VASP, uma
tradidional companhia aérea, e só não quebraram o Estado de São Paulo,
porque este Estado resistiu, pelo poder econômico que tem. Mas
conseguiram deixá-lo de joelhos. Covas precisou de quase um ano apenas
para colocar os salários do funcionalismo público em dia! O Nordeste
continua loteado, tanto quanto estava antes da Grande Marcha da Coluna
Prestes. O revolucionário PT mostrou que aprendeu tudo o que seu "herói"
cubano tinha a lhes ensinar: A cobiça pelo poder, pelo dinheiro e mesmo
pela violência - não necessariamente nesta ordem.
Só
rindo. A maioria deles - inclusive Lula, o Grande Líder - nunca sequer
tocou numa arma de fogo. A arma que eles sabem usar bem é a caneta e a
demagogia rasteira.
Em
2009, o então senador Cristovam Buarque disse a outro senador o que
havia declarado domingo, 5 de abril, numa entrevista radiofônica: "A
reação é tão grande hoje contra o Parlamento, que talvez fosse a hora de
fazer um plebiscito para saber se o povo quer ou não que o parlamento
continue aberto". Foi um escândalo há época, com os hipócritas de plantão ficando todos indignados.
O
General Artur da Costa e Silval fechou o Parlamento com o Ato
Institucional nº 5. O AI-5, sobrepondo-se à Constituição de 24 de
janeiro de 1967, bem como às constituições estaduais, dava poderes
extraordinários ao Presidente da República e suspendia várias garantias
constitucionais. O AI-5 foi o instrumento que deu ao regime poderes
absolutos e cuja primeira conseqüência foi o fechamento do Congresso
Nacional por quase um ano.
Pergunto,
qual a diferença, em termos de poder que há entre o AI-5 e as Medidas
Provisórias em vigor? Poderá dizer o leitor: "As MPs precisam ser
votadas pelo congresso." Pois então saiba que a MP que instituiu a moeda
Real ainda não foi votada!
Pergunto
novamente: O plebiscito sugerido por Cristovam Buarque - um dos
petistas que não teve estômago para continuar na "militância" do partido
- teria hoje resultado diferente? Não é preciso ser mago para saber que
oito entre dez brasileiros volatilizaria o Congresso Nacional, se
pudesse. Mas é uma pena que tão poucos brasileiros desconheçam que o
outro poder - o Judiciário - é tão ou mais corrupto que o Legislativo!
Como
se pode mudar um país onde a Casa que faz as leis é um antro de
corrupção e a Casa que as executa, é ainda pior? E o terceiro poder? A
Presidência da República? Ok. Pouparei o leitor de falar disso.
E
que se enterre de vez essa vergonhosa "verba indenizatória". Quem
precisa ser indenizado é a imensa maioria do povo brasileiro: as
crianças, os enfermos, os idosos e as mães pobres e miseráveis.
Citem-me
os críticos deste artigo, um só ditador do séc. XX ou XXI que não tenha
ficado bilionário. De Bokassa a Idi Amim Dada, de Gaddafi a Sadam
Hussein, de Hitler a Stalin, de Papa Doc a Pol Pot, de Pinochet a Kim
Jong II, de Robert Mugabe a Bashar al-assad. E a lista vai longe!
Agora me apontem um só general da ditadura brasileira que tenha ficado rico. Vou clarear:
-
Quando o Marechal Castelo Branco morreu num desastre de avião,
verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento
em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.
-
O General Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de
favor o privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das
Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento
em construção, em Copacabana.
-
O General Emílio Garrastazu Médici dispunha, como herança de família,
de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu não tinha dinheiro
para pagar o tratamento e precisou ser tratado no Hospital da
Aeronáutica, no Galeão.
-
O General Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República,
comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para
poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.
-
O General João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as
despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos
e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um
apartamento em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que
parece em estado de lamentável conservação.
Isso
numa época em que eles tinham o poder total e não havia sites
divulgando suas gastanças. Foi a época de Itaipu, Ponte Rio-Niterói e do
"Milagre Brasileiro" .
Você
deve achar que sou louco, defendendo a ditadura militar. Nem uma coisa
nem outra. Nem sou louco, nem defendo ditadura alguma. Tenho tanto
horror às ditadutas quanto à demagogia. Mas também tenho horror à
mentira histórica, que acabará por prevalecer quanto tiverem
desaparecido todos os que testemunharam este período da história
brasileira.
Como disse Carlos Chagas, o conceituado jornalista: "Erros
e excessos foram praticados durante o regime militar, eram tempos
difíceis. Mas mesmo assim, no reverso da medalha, foi promovida ampla
modernização das nossas estruturas materiais".
Antes
do Regime Militar, o Brasil era apenas uma republiqueta exportadora de
matéria prima, com uma agricultura incipiente, uma indústria ridícula,
sem tecnologia, sem mão-de-obra especializada e principalmente, sem
perpectivas. Para se manter no poder, João Goulart, o Presidente há
época flertou com o comunismo. A caserna assumiu o poder e o devolveu, e
graças a isto não somos hoje uma Cuba, ou uma Coréia do Norte.
O
paradoxal, e hilário, se não fosse trágico, é que o perigo que
enfrentamos agora é ainda maior que a instalação do regime comunista no
país. Desta vez vivemos uma "ditadura branca" apoiada pela Lei! Não há
nada combinado, não há bandeiras, não há golpe. Mas há um acordo tácito
entre todos os fascínoras que se escondem atrás das togas ou de cargos
legislativos, fazendo com que todos se protejam mutuamente por trás de
leis, medidas provisórias, promessas de campanha, liminares, estatutos,
decretos, etc. de tal forma que o país não consegue avançar em suas
instituições mais básicas, como a saúde e a educação.
Esta
é, em minha opinião, o perigo real e imediato, que exército algum
consegue extirpar, porque tudo acontece sob a égide da Lei. É tudo
descaradamente imoral e aético, mas é legal!
Resta
o poder do voto. Mas teríamos que ser suecos para votar com a
consciência que a emergência atual do Brasil exige. Mas não somos. Somos
apenas um povo que o poder - exercido agora pela "geração 60" - mantém
cuidadosamente ignorante. A demagogia e a corrupção precisam
desesperadamente da ignorância popular para sobreviver.
Convenhamos,
pelo menos nesse aspecto, a "geração 60" - com seus heróis
revolucionários, artistas "esclarecidos" e arautos da intelectualidade -
está fazendo um trabalho primoroso!
* * *
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