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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nova Convocação de Soldados PM.


O Cmt geral da PMBA está interessadissimo em aproveitar os candidatos aprovados no concurso 2008 e que ficaram como excedentes. A Diretoria de Pessoal está finalizando a convocação dos 3200 previstos em edital, e os que ainda não foram chamados deverão se-lo juntos a nova turma que poderá ser chamada, se o governo do estado da Bahia, atender, após verificar disponibilidade orçamentaria, a solicitação do Cel PM Mascarenhas. Ele está preocupado com o efetivo, que teremos que ter disponível para a copa de 2014 e que seria dificultado, com a realização de um novo concurso, pelo alto custo financeiro e pelo tempo necessário para organiza-lo e cumprir todas as etapas. É uma necessidade da Corporação e entendida como prioritária pela administração estadual, que tem apenas que compatibilizar os custos que uma nova turma demanda e o orçamento disponível. É um alento para os excedentes, que mesmo sabendo que não tem direito adquirido para a convocação, vêem uma luz no fim do túnel. Já os que tem o direito de serem chamados, a PM deve, se não for autorizada uma nova turma,chama-los administrativamente ou ter que faze-lo por determinação judicial.Fica claro, porém, a preocupação do Comandante geral, em cumprir o estabelecido em lei (edital) e atender determinações da área sistémica do estado.

Herois da PMRJ

Os Praças da PMRJ demonstraram serem herois na atividade policial e no dia a dia com o salario que recebem. vejam:

Delegado da Polícia de SP pede socorro ao Conversa Afiada

O blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, reproduziu um e-mail que recebeu do "Sérgio", delegado de polícia de São Paulo, que buscou o veículo para pedir atenção a mais um problema enfrentado pela Polícia Civil paulista: a pior remuneração do Brasil.

Reproduzimos o texto do delegado abaixo:

Bom dia!
Sr Paulo Henrique, sou delegado de Polícia em SP há cerca de 12 anos, tenho 3 quinquenios, e veja só R$ 4.917,00 (holerity anexo).
Tenho esposa e duas crianças na escola.
Vivo pagando empréstimos.
Meu salário não dá para pagar as escolas de minhas crianças, o financiamento de meu automóvel, minhas despesas de mercado e de casa, nem consigo pagar seguro do carro e convenio medico; meu salário quase que vai tudo nos emprestimos.
A maioria dos 3150 delegados de São Paulo estão nessa situação, senão cerca dos 80% da classe.
Como pode um delegado de Polícia, que lida com o crime, num momento anterior do processo criminal, instruindo-o, não ter um minimo de dignidade para consigo e sua família!?
A situação está ficando calamitosa, muitos estão desesperados, como eu. Sem contar o stress e as doenças que disso resultam…
Venho pedir socorro à sua voz!
É notória sua reputação pública.
Nos ajude junto aos meios de comunicação em que vc trabalha.
O Governador fala que temos um salário médio de R$ 9.000,00.
Esse valor talvez eu consiga ganhar daqui uns 30 anos, se Deus ajudar!
É só hipocrisia, esse valor é salário dos 1ª classe e classe especial.
Estou na 3ª classe há sete anos, antes da metade da lista. Isso significa que para me promover por indicação, se tiver algum padrinho, deverei passar da metade dessa lista e ser indicado, senão terei que esperar uns 20 a 25 anos por antiguidade, para chegar na 2ª classe. E ele diz que se ganha em média R$ 9.000,00.
Precisamos de alguem que diga a verdade na midia e vc é serio e responsavel.
Isso só alimenta ainda mais os poucos corruptos e aqueles que vivem da insegurança pública…

Ah! Só para constar, desde uma lei inconstitucional do Governo Fleury, os postos e graduações da Polícia Militar foram "equiparados" aos da Policia Civl, assim um delegado de 3ª
classe corresponde ao capitão da PM…. E o governo tem medo de nos valorizar, alegando que se der X% de aumento para nós tem que dar igual para eles, exatamente. Então com esse atrelapmento nunca haverá valorização.
Mas como isso funciona em Brasília, e em outros estados do Brasil!?
Socorro.

O conflito entre gerações nas polícias

Publicado no Blog Abordagem Policial

Autor: Danillo Ferreira

Em todo grupamento social existe o confronto do velho com o novo, do futuro com o passado, cada parte defendendo teses e comportamentos ideais para o presente. É assim na família, onde os pais tendem a ser mais conservadores que os filhos, se arriscam menos e limitam as tentativas de rompimento com os paradigmas. Os filhos reclamam, se insurgem, não entendem porque os pais resistem a todo custo à evolução que lhes parece tão óbvia.

Claro, falar em conflito de gerações exige alguma generalização, pois “conservador” e “inovador”, adjetivos geralmente associados ao velho e ao novo, respectivamente, são características observadas em todas as gerações. Entretanto, ninguém discordará que o conservadorismo está mais presente naqueles que têm mais idade, enquanto a vontade de mudança caracteriza os mais recentes. É simples entender porque isto ocorre.

Os mais antigos geralmente possuem mais experiências, o que lhes dá uma vantagem probabilística de estarem certos em seus entendimentos. Um policial que viveu dez vezes algum tipo de ocorrência, provavelmente irá direcionar a atuação na décima primeira vez baseado nas outras situações em que viveu aquilo. Se tudo se mantiver constante, ele acertará.

Os mais modernos tendem a se utilizar do vigor e proatividade de sua juventude para resolver os conflitos – a isso chamarei “inteligência”, apenas para uma facilitação conceitual. O jovem policial irá investir em sua “inteligência” para sanar problemas, a despeito do que os experientes lhe orientem a fazer, pois ele não possui as marcas da vivência que levam à mudança de atitude. Se o problema apresentado for compatível com o nível de sua “inteligência”, ele acertará.

A capacidade de absorção de novas formas de pensar e agir entre os antigos nunca será igual ou superior ao dos modernos. E os modernos nunca terão a mesma experiência e vivência que os antigos. A modernidade sem a antiguidade pode ser desastrosa e trágica. A antiguidade sem a modernidade leva à ociosidade e ao atraso.

Nas polícias, os atrasos e a ociosidade são mais comuns, pois o comando é dos antigos, salvo raras exceções. Às vezes o atraso é tão grande que há pouca diferença entre a letargia vigente e a tragédia que medidas excessivamente vanguardistas poderiam ocasionar.

Neste ambiente, cabe aos antigos efetuar o controle dos modernos, pois é necessária alguma tradição e experiência que sirvam de orientação e limite à inovação, apesar desse papel às vezes ser realizado como um zelo disfarçado à manutenção do poder e ao reacionarismo irracional. Já os modernos, não podem abrir mão de questionar e se insurgir contra distorções e posicionamentos (ou omissões) incoerentes, pois se não o fizerem, provavelmente não haverá quem exercite este papel.

Ou nós, que nos dizemos modernos, refletimos sobre isso, ou viveremos a síndrome que Renato Russo descreve na brilhante letra da canção “Pais e Filhos”:

[...] Você me diz que seus pais não te entendem,
Mas você não entende seus pais.

Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer? [...]

Lembremos que estar um passo à frente ou um passo atrás do destino, de qualquer modo, é não estar nele.