Quem deve ser o Secretário de Segurança?

O Blog Abordagem Policial publica hoje um tema, que atormenta a vida dos policiais na Bahia, pela Prática adotada pelos governadores de indicar para Secretário de Segurança Publica, delegados federais, que além de desfalcarem os quadros da PF, que têm missão especificas para executar, traz para a atividade policial urbana, pessoal treinado para atividade de investigação que pode levar anos,escutas e ação programada e executada através de mandados e horários marcado , diferente da policia civil e Militar que têm que agir imediatamente no combate a assaltos, crimes e outros delitos. veja a nota.

Quem deve ser o Secretário de Segurança?
13mai2010 Em: Eleições 2010, Opinião Autor: Danillo Ferreira

No último Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, estive com o Tenente Alexandre, o Soldado Niedson e o Jorge Antonio Barros, d’o Globo, onde pudemos bater um papo sobre um assunto que já vem gerando posicionamentos de um ou outro pré-candidato aos governos estaduais: quem deve ser o titular da secretaria estadual de segurança pública?

Atualmente, o que se vê, é a preferência dos governadores por delegados da Polícia Federal, numa tentativa de evitar a parcialidade numa gestão dum policial militar ou dum policial civil, que poderiam privilegiar suas corporações – principalmente em questões de dotação de recursos e visibilidade.

Ao fazer isso, os governadores repetem um erro crasso, pois pautam suas decisões na falácia representada pelo enunciado “Fulano não entende nada de polícia, nunca sentou num banco de viatura“. Prestigia-se um delegado da Polícia Federal apenas por carregar em sua experiência profissional o título “polícia”, crendo que assim será melhor gestor da pasta.

Obviamente, não podemos ignorar toda a carga política (no mau sentido) que está agregada a uma indicação do tipo, ignorando-se fatores primordiais de competência profissional, como ocorre em todo funcionalismo público. Mas, se podemos aliar a política ao perfil profissional do secretário de segurança, acredito não ser tão importante levar em consideração a corporação policial a qual pertence. Mais: não vejo tanta necessidade que o secretário sequer seja policial.

O consenso a que chegamos no diálogo acima é que o secretário de segurança deve ser um referenciado e competente administrador. Preferencialmente com formação acadêmica, e com experiência de gestão em grandes empresas.

Um administrador que organize o caos instalado nas polícias, que realize um diagnóstico sério do que estamos(?) enfrentando, e que organize uma equipe multisetorial responsável por traçar estratégias de resolução de problemas – uma equipe com alguns dos grandes nomes que já temos hoje nas polícias. Através da gestão de pessoas, pôr em prática políticas sérias de valorização dos profissionais, que inclui o controle e correção dos mesmos. Sem uma gestão minimamente organizada e estruturada, não há organização que funcione.

Hoje somos como um indivíduo com duas pernas engessadas que pretende ser campeão olímpico de basquete. Mesmo que tenhamos a habilidade de acertar a cesta, o elemento básico nos falta para atuar na quadra. Para eliminarmos o engessamento, a paralisia da nossa falta de gestão, quase toda pautada no improviso, sugiro a contratação de um bom administrador, que seja soldado, coronel, investigador ou delegado, mas que seja administrador