Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia - Força Invicta
25 de Fevereiro de 2011
A pedido do nosso associado, Cap PM Cláudio Pitta, do CPRN, publicamos seu comentário abaixo transcrito no que concordamos plenamente.
Peço o favor de divulgar o manifesto apenso, pois versa acerca de pontos que não devemos nos olvidar, tampouco nos apartar, em prol de uma Corporação mais humana, forte e aprazível.
Fico extremamente feliz em acompanhar as manifestações prol PMBA, veiculadas nos últimos dias. A Força Invicta está de parabéns, afinal, se a gente não falar, não mostrar o que realmente está acontecendo no úbere dos Quartéis, quem o fará?
Desde há algum tempo se tornou politicamente correto tecer comentários acerca do tema Segurança Pública. Não raras vezes escutamos, assistimos ou lemos discursos proferidos por pessoas abjetas, oportunistas e, o pior, sem conteúdo para tanto. São falácias, falácias e mais falácias com o escopo exclusivo de promoção pessoal/grupal.
O Governo atual tem sua parcela de contribuição para o quadro de insegurança em que a Bahia vive? Certamente que sim, mas não começou com ele. Será que a troca de nomes nos cargos maiores das instituições, pura e simples, não seria apenas trocar seis por meia dúzia? Será que esses profissionais, de reconhecida competência no seu labor, conseguirão realizar algo diferente sem uma mudança de paradigmas? Espero que sim, mas me soa ingênuo acreditar nisso. Agora, venhamos e convenhamos, a culpa não é só do Governo. Nós, enquanto instituição (PMBA), temos também nossa parcela de colaboração e que reputo maior e mais lesiva do que a estatal. A falta de coragem, a submissão, o desconhecimento e o conflito de interesses geram uma bola de neve danosa e irreversível, produzindo verdadeiras hordas de “inimigos íntimos”. Quem já não ouviu nas rodas de bate papo milicianas, por mais breve e informal que tenham sido, relatos de desrespeito, de “sacanagens”, de traições e de prejuízos sofridos dentro dos Quartéis? São colegas traindo a confiança e amizade dos outros por conta do famigerado símbolo, gerando inimizades e falta de companheirismo; São estremecimentos de relacionamentos por simples divergências de opiniões, transportando o caso do pólo profissional para o pessoal, numa inequívoca demonstração de despreparo e descontrole; São direitos negados pela simples vontade ou por desconhecimento do administrador, decisões totalmente contrárias à legislação vigente; São pressões, intimidações, ameaças e medidas adotadas para atender aos interesses dos governantes e aos próprios, mesmo que dissonantes com os da classe. Eu poderia ficar citando os exemplos negativos, os óbices que temos internamente, por horas e horas e não os esgotaria. Todavia, o propósito não é esse, não estou pregando caça às bruxas, nem nada desse naipe, muito pelo contrário. Meu único desígnio é chamar a atenção de todos os milicianos para um problema interno que sei incomodar muita gente. Como vamos resolver os problemas externos, sem antes resolvermos os internos? Como iremos para uma batalha, “guerrear” contra o inimigo, se o pior deles está do nosso lado, envergando as mesmas cores? Sem estarmos fortes, unidos e imbuídos num só objetivo, o resultado dessa batalha não poderá ser outro, senão, uma fatídica, desmoralizante e merecida derrota.
Obviamente que não poderíamos ficar silentes e inertes ante aos pisoteios sofridos pela alma miliciana. Reitero, aqui, minhas congratulações aos detentores do estandarte de nossa causa. Mas vamos olhar um pouco mais detidamente para nós mesmos. Vamos fazer uma análise intestina. Vamos nos observar, nos escutar, nos ajudar e nos respeitar. Aí sim, quando esses pontos forem postos em prática de forma general, teremos boas chances de mudar o final da guerra, vencendo as batalhas com uma tropa coesa, pujante e com os mesmos propósitos, o crescimento corporativo e a dignidade pessoal/profissional de cada policial militar.
Que Deus nos ajude nessa caminhada árdua e perigosa, mas possível de ser realizada e vencida.
Fraterno abraço,
Cláudio Pitta – Cap PM
CPRN
Parabenizar uma insituição dessas é sempre uma honra a todos, a segurança que nos proporciona e que vem cada dia melhorando, mas também nem tudo são "estrelícias", em cidades interioranas os homicídios e os roubos aos bancos ainda é frequente e se dá a falta de policiais ostensivos, por exemplo, no Sul da Bahia tem cidades com dois policiais trabalhando durante o turno diurno e dois noturnos, às vezes três, e sem lembrar-se de Itabuna que em um ano saltou da décima primeira posição a terceira este ano, inclusive ganhando os noticiarios da imprensa. E em época de carnaval então as coisas ainda se complicam ainda mais, onde tem grande contigente de turistas e um pequeno número de PMs nas ruas para cumprir o que seu estatuto manda que é proteger a comunidade. Policiais indo pra reserva, se aposentando, finalizando uma carreira de dedicação, disciplina e hierarquia, e a reposição de novos pms onde está? Os novos PMS não atingem suficiemente a demanda necessária.
ResponderExcluirOlha a Copa..Convocação ja