Em um momento de crise onde os marginais enfrentam os agentes da segurança publica, matando-os e criando um ambiente de odio e vingança, uma noticia dessa traz um pouco de esperança e de exemplo aos homens e às instituições.
Almeida cumpriu 12 anos de pena no 'Urso Branco', em Porto Velho.
Lorizete Almeida virou microempreendedor após cumprir 12 anos de prisão por tráfico (Foto: Andréia Machado/G1)
Lorizete Fabiano Almeida cumpriu pena por tráfico de drogas durante 12
anos no Presídio Urso Branco, em Porto Velho. Nos últimos anos de
prisão, Almeida começou a pensar no futuro e no que iria fazer quando
estivesse em liberdade. Primeiro precisava trabalhar e juntar dinheiro.
Dentro da prisão fez faxina e lavou roupas. Com os R$ 3,6 mil que
conseguiu economizar, abriu uma pequena loja de presentes e variedades
em Vilhena (RO). Atualmente, Almeida tem seis funcionários e já planeja
abrir uma filial.“Eu foquei no trabalho e todo o dinheiro que eu ia juntando eu guardava. Isso me manteve vivo e com esperanças”, conta o ex-presidiário.
Da cadeia, Almeida lembra a angústia de estar sempre entre a vida e a morte. “Sempre acreditei em céu e inferno, mas o inferno estava dentro do presídio, onde não existe paz. A todo o momento eu tinha que ficar alerta porque corria o risco de ser agredido e morto. Fui transferido de Vilhena para o presídio Urso Branco [em Porto Velho] bem na época daquelas rebeliões [2001 e 2002] onde eu vi homens sendo mortos e torturados”, relata.
Quando eu montei a loja, eu só queria mudar de vida não sabia que ia ser tão bom assim"
Lorizete Almeida, ex-presidiário
O ex-presidiário, que trabalhava na informalidade, recorda o dia que recebeu na loja a visita de técnicos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “Quando eles chegaram eu fiquei com medo. Pensei que eles iam querer fechar a loja, porque eu ainda não tinha regularizado a situação de alvará. Eles vieram me apresentar o MEI [Micro Empreendedor Individual]. No começo achei que aquilo não era verdade, pois era muito bom”, diz.
Passados dois anos, a loja de Almeida cresceu. Atualmente o microempreendedor emprega seis funcionários. “Quando eu montei a loja, eu só queria mudar de vida não sabia que ia ser tão bom assim, que ia conseguir ir tão longe quanto agora”, avalia Almeida.
Almeida em frente a loja que em Vilhena abriu após deixar a prisão (Foto: Andréia Machado/G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário