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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Polícia Mineira cria Núcleo LGBTT


A Polícia Civil de Minas Gerais deu um passo importante na observância aos crimes que possuem como fator determinante a orientação sexual das vítimas, ao que nos parece, sendo a primeira corporação policial brasileira a criar uma estrutura formal/institucional de atenção aos crimes contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Trata-se de uma medida louvável, que concede esforços a uma parcela de cidadãos e cidadãs que possuem mais dificuldade de acesso a direitos do que a sociedade mais ampla, sendo muitas vezes (e as estatísticas e manifestações cotidianas de ódio são conhecidas por todos) discriminados e negados enquanto sujeitos de cidadania.
Não se trata de sexualizar a polícia, como muitos que raciocinam homofobicamente dizem, confundindo o homossexualismo com compulsão sexual (segundo essas mentes férteis, os homossexuais querem que toda a sociedade se torne gay, e criar uma divisão policial do tipo, seria uma medida de institucionalizar o homossexualismo). O núcleo da polícia mineira, entretanto, serve-se ao mesmo objetivo das delegacias especializadas em crimes contra as mulheres, vítimas intensas do machismo agressivo. Saiba mais:

BELO HORIZONTE (19/10/11) – Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais poderão contar com uma proteção formal da Polícia Civil de Minas Gerais. Nesta quinta-feira (20), será inaugurado o Núcleo de Atendimento e Cidadania (NAC), que receberá denúncias de violência e discriminação contra pessoas que integram este segmento, conhecido pela sigla LGBT.
O NAC/LGBT funcionará na sede da Divisão Especializada de Crimes contra a Mulher, Idoso e Portador de Deficiência, de 8h às 18h30. O núcleo fará o primeiro atendimento, lavrando, quando for o caso, a ocorrência e encaminhando o procedimento a uma das unidades da Polícia Civil que fará a investigação.
Para a titular da Divisão, delegada Margaret de Freitas Assis Rocha, o núcleo permitirá fazer o acompanhamento da ocorrência policial relacionada à identidade de gênero e orientação sexual, desde a avaliação preliminar do fato; registro da motivação presumida do crime, com a correta orientação da vítima; registro e a requisição de exames necessários, além do encaminhamento do caso à unidade policial da área para apuração e, finalmente, consolidação dos resultados obtidos.
“O Núcleo é peça importante das políticas públicas de respeito e valorização da vida digna e sem qualquer distinção, inclusive, em relação à identidade de gênero e orientação sexual”, ressalta a delegada.

Parabéns à polícia mineira, que deve ampliar a ação e quem sabe colher os frutos de seu progressismo com a redução de crimes contra a população LGBTT. Um exemplo a ser seguido.

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