Apesar de não concordar, não imaginar a volta da ditadura, serve para meditar e entender as manifestações da sociedade civil.
Na época da ditadura podíamos acelerar nossos Mavericks acima dos 120km/h, sem a delação dos radares, mas não podíamos falar mal do presidente...
Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental, mas não podíamos falar mal do presidente...
Podíamos tomar nossa redentora cerveja após o expediente, sem o risco de sermos jogados à vala da delinquência, mas não podíamos falar mal do presidente...
Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei negão), credos (esse crente aí) ou preferências sexuais (fala sua bicha) e não éramos processados por isso, mas não podíamos falar mal do presidente...
Íamos a bares e restaurantes cujas mesas mais pareciam Cubatão em razão de tantos fumantes, os quais não eram alocados entre o banheiro e a coluna que separa a chapa, mas não podíamos falar mal do presidente...
Cantava a menina do contas a pagar ou a recepcionista sem medo de sofrer processo judicial por assédio, mas não podíamos falar mal do presidente...
Na época da ditadura podíamos andar em segurança pelas ruas sem medo de bala perdida, sequestro relâmpago, tiroteio no morro, arrastão na praia... mas não podíamos falar mal do presidente...
Na época da ditadura os marginais ficavam atrás das grades ou eram enviados direto "pro saco". Hoje os cidadãos de bem vivem atrás de grades, cercas elétricas ou dentro de carros blindados enquanto os marginais andam soltinhos pelas ruas, com direito a indulto de Natal e tudo mais. Mas na ditadura, não se podia falar mal do presidente...
Na ditadura os programas de TV sofriam censura, mas podíamos deixar nossos filhos assitirem à programação pois sabíamos que não iriam ver pornografia, homossexualismo, violência gratuita etc. Mas não se podia falar mal do presidente...
Hoje a única coisa que podemos fazer é falar mal do presidente!
Hoje a única coisa que podemos fazer é falar mal do presidente!
(Autor desconhecido)
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